Das 12 obras da Copa em aeroportos, 7 não saíram do papel

11/05/2011 13:00

A pouco mais de três anos da realização da Copa do Mundo de 2014 no Brasil, boa parte das obras de infraestrutura que seriam beneficiadas por uma flexibilização de regras em licitações nem sequer saíram do papel. Um levantamento feito pelo iG mostra que, entre as 12 cidades-sede do evento, 7 ainda não começaram as obras para reforma dos seus aeroportos. A capital mais adiantada, Natal, no Rio Grande do Norte, cumpriu 25% da meta – mas está atrasada, diante do prazo de entrega, previsto inicialmente para abril de 2014.

A votação de uma medida provisória que altera as regras para as licitações de obras da Copa e das Olimpíadas de 2016 foram incluídas na pauta de votação da Câmara para esta terça-feira. Esta é a quarta vez que o governo tenta aprovar a mudança nas normas.

O quadro observado nos aeroportos se repete nos transportes públicos, onde a prioridade é a ampliação de serviços de ônibus e metrô. Também nesse caso, 7 cidades que devem abrigar jogos da competição não começaram a construir túneis e corredores, nem iniciaram a ampliação de sua frota.

Nos estádios não é diferente. Apenas um deles já cumpriu ao menos 50% da meta de reforma, construção e ampliação, em Curitiba. A maior parte está abaixo de 20% da meta. Em alguns casos, não se sabe nem quando o estádio vai começar a ser construído. Em São Paulo, por exemplo, a lista inclui o chamado "Fielzão", escolhido para sediar os jogos da competição.

A situação não é nova. Mesmo com as obras atrasadas, os governos conseguem acelerar o processo na reta final. O problema é o custo. Os Jogos Pan-Americanos, realizados no Rio de Janeiro, em 2007, custaram oito vezes mais caro do que o previsto inicialmente, consumindo R$ 3,7 bilhões.